sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rei Leão é relançado em 3D nos cinemas

Depois de Os Smurfs, mais um filme para as crianças grandes curtirem nos cinemas e matar as saudades de Simba, Timão, Pumba e seus amigos.

A Disney lançou nesta sexta nos cinemas de todo o mundo a versão remasterizada e em 3D desse que é um dos seus maiores clássicos (e o meu favorito).

Curtam o trailer e não percam porque é demais!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Lanterna Verde



NOTA: 2


Confesso que desde que começou a se falar de Lanterna Verde duvidava que seria um bom filme. Não por algum aspecto especial, mas tão somente porque esse é um gênero que vem se tornando extremamente cansativo e, a exceção de O Homem de Ferro e Batman, não traz absolutamente nada de novo ao público, recorrendo quase sempre ao excesso de efeitos especiais para maquiar sua má qualidade. Mas ainda assim não esperava que Lanterna Verde conseguiria ser tão ruim assim, a ponto de superar Transformers 3 como um dos piores filmes do ano.

Em Lanterna Verde, Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um piloto ousado e irresponsável da força aérea americana que recebe de um alienígena moribundo um poderoso anel verde que lhe confere poderes inimagináveis. Descobrindo outros guardiões com poderes semelhantes aos seus num planeta chamado Oa, Hal precisa se preparar para defender a Terra da ameaça de Pallanx, um monstro amarelo que se alimenta do medo e pretende destruir todo o universo, começando por nós.

A lista de problemas e defeitos de Lanterna Verde é enorme, mas aqui vou me concentrar em dois deles: o design de produção e o roteiro.

A concepção do planeta Oa, uma espécie de QG dos lanternas verdes, é de péssimo gosto. É escuro e possui um aspecto que gira entre o pré-histórico e o apocalíptico. E o mais curioso é que os guerreiros se gabam de serem mais inteligentes que os humanos, mas pelo menos nos quesitos arquitetura e bom gosto, ponto pra gente. Na verdade, chega a desanimar saber que a paz no universo depende daquele planeta que parece que já foi destruído há tempos. Além disso, outros elementos são inseridos sem nenhum propósito, como aquela espécie de bateria que Hal Jordan recebe junto com seu anel, que literalmente recarrega seus poderes. Eu ficava me perguntando: o que aconteceria se durante uma batalha a “bateria” do anel simplesmente acabasse? E os efeitos especiais são terríveis, de todas as vezes em que citei até hoje seu uso para disfarçar um mau filme, nunca o fato foi tão latente quanto aqui. Ruim em qualidade e imaginação. Inventar uma catapulta verde pra dar um contra ataque? Salvar um helicóptero da queda transformando-o num autorama?


Escrito pelo trio Greg Berlanti, Marc Guggenhein e Michael Green, o roteiro se mostra perdido e com uma séria dificuldade em criar uma trama realmente envolvente. É exposto um trauma de infância de Jordan relacionado à morte de seu pai num acidente aéreo, mas isso nada implica na história e por mais que se tente mostrar como isso o afeta, tal tentativa não funciona em nenhum momento. Até porque é um contra senso ficar traumatizado em ver o pai morrer num avião e se tornar um piloto quando adulto. Além disso, a falta de criatividade em criar uma boa trama é tão evidente que fazem com que o trio apele para algo até então inédito nesse gênero: o herói indo agradecer sua vítima por tê-la salvo. Ahn? É isso mesmo, o Lanterna Verde vai à casa de sua amada, Carol (Blake Liverly), para agradecer por tê-la salvo, apenas para fazer uma ponte para aproximar o casal, numa cena que termina numa briga confusa e sem propósito.

O único ponto forte de Lanterna Verde (e o que garantiu seus 2 pontos na nota) é a boa atuação de Ryan Reynolds no papel do herói. Uma escolha muito bem acertada, pois ele consegue sempre em seus trabalhos dosar muito bem os momentos de seriedade e humor de seus personagens. Assim como Tony Stark em O Homem de Ferro, seu Hal Jordan ao mesmo tempo em que mostra estar apto para assumir tamanha responsabilidade que seus poderes lhe conferem, imprime com ótimo humor e até com certo carisma seus pontos fracos, como a ousadia inconseqüente às vezes e sua queda pela ex-namorada.


Diferente dele, Peter Sarsgaard, um excelente ator, decepciona com um Hector Hammond que não exerce praticamente nenhuma função na história. E se por um lado, o trabalho de maquiagem feito nele é espetacular, por outro nunca fica claro se sua maldade é conseqüência de seus problemas pessoais – a indiferença do pai, a recusa de Carol – ou se é proveniente de um tímido desejo de poder e pessimismo em relação a humanidade.

Finalizando, o bom de Lanterna Verde é servir de exemplo de como o gênero herói precisa ser repensado, pois em 10 anos foi extremamente explorado, porém pouco inovado. Façamos as contas: 3 Homem Aranha, 3 Transformers, 2 Batman, 2 Hulk, 2 Homem de Ferro, Thor, Capitão América, Demolidor, Elektra, Wolverine, Motoqueiro Fantasma e por aí vai. Nesses 18 títulos tentem encontrar alguma diferença realmente relevante entre eles. A exceção dos uniformes dos personagens e de Batman e Homem Ferro, duvido que encontrarão alguma coisa. Chegou a hora de mudar!

IMPORTANTE: Há uma cena após os créditos que revelam uma provável continuação ao longa.

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Smurfs



NOTA: 8


As vezes ser crítico é uma tarefa não muito grata, porque não podemos deixar nossas emoções falar mais alto e devemos analisar um filme sempre de um modo frio. Isso é ruim quando gostamos do que vemos, mas temos que falar mal. Já aconteceu comigo diversas vezes, mas nunca me chateou tanto quanto agora com Smurfs que gostei muito, muito mesmo - um misto de satisfação e nostalgia - mas nem por isso posso deixar de apontar seus pontos negativos que são poucos, mas existem e me impediram de dar um 10 ao longa.

Numa pequena vila medieval escondida no meio da floresta, vivem em casas em forma de cogumelos os Smurfs, criaturinhas azuis do tamanho de três maçãs que vivem em perfeita paz e harmonia, governados pelo sábio e generoso Papai Smurf. Mais longe, na mesma floresta vivem o gato Cruel e o bruxo Gargamel, que tenta de todas as maneiras capturar os Smurfs para utilizá-los numa poção que lhe daria poderes absolutos. Numa de suas tentativas de capturá-los, um portal para a Terra se abre e Papai Smurf e mais cinco de seus filhos (Desastrado, Arrojado, Gênio, Ranzinza e Smurfette) vem parar no nosso mundo e enquanto buscam um modo de voltar pra casa também tem que fugir de Gargamel que nem nesse novo local desistiu de pegá-los.

Vou falar rápido do que achei negativo pra ir logo pro que é interessante.

O mais incômodo foi ver um ótimo e envolvente roteiro no primeiro ato, que basicamente se passava na vila dos Smurfs, se tornar óbvio e nada criativo quando eles chegam a Nova Iorque. Assim que chegam lá eles conhecem um publicitário que é o típico cara bondoso que sofre a pressão de uma chefe exploradora e egoísta. E fica mais óbvio ainda quando no seu ceticismo na criação de uma campanha para um cosmético ele é iluminado por um conselho do Papai Smurf que aposto que você “nunca” viu no cinema: “Você não deve pensar com a cabeça, mas sim com o coração.” É um conselho revolucionário que eu apenas vi em todos os filmes que já passaram na Sessão da Tarde até hoje. Obrigado Papai Smurf, você mudou minha vida.


A parte chata acabou, vamos falar do que é bom. E o que é muito bom e não pode ser deixado de falar são os efeitos especiais que conseguiram reproduzir de forma tão fiel os Smurfs com seu desenho. Me refiro não só ao aspecto físico, como também nos trejeitos de cada um. Além disso seu 3D é ótimo, trabalhando em boa dosagem a profundidade de campo e objetos saindo da tela. Uma tempestade de folhas logo no início do filme parecia vir da poltrona de cada espectador.

Nesse tipo de filme é comum não serem feitas grandes contratações para o elenco. Afinal, para as crianças não faz muita diferença se o protagonista é o Brad Pitt ou o José da Silva. Isso acaba sendo ruim porque as atuações geralmente costumam ser muito fracas. E embora Smurfs também não conte com nenhuma celebridade, é impossível não tirar o chapéu para atuação impecável de Hank Azala como Gargamel, desde a minúcia nos detalhes na construção do personagem, até sua linguagem facial e corporal bem fiéis ao desenho. Achei ele o personagem mais engraçado, especialmente nos dois momentos em que se depara com a fumaça saindo de um bueiro e passa por elas magistralmente, por imaginar que aquilo era a entrada triunfal que todo bruxo merecia.

E eu nunca vi um filme infantil atrair tanta criança grande pro cinema. Na sessão que fui não havia ninguém com menos de 18 anos. É nessas horas que essa arte se mostra tão mágica, permitindo até mesmo que adultos resgatem, mesmo que só por duas horas, as alegrias e os bons momentos da infância. Só por essa razão, Smurf já merece aplauso. Vi e estou louco pra ver de novo. O Ranzinza não quer ver porque ele odeia cinema, os Smurfs, eu, você e tudo o mais.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Charlie Chaplin ensina a fazer a barba

Cena memorável de O Grande Ditador onde Chaplin, ou melhor, Carlitos, faz a barba de um cliente ao som da Dança Húngara nº5 de Brahms.

Vejam o quão impecável ficou a sincronia da música com a performance do ator. Coisa de gênio.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sai primeiro trailer de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge


Caiu na rede ontem o primeiro trailer do terceiro filme da nova série do Batman.

O trailer é dublado e embora não muito extenso, nos permite ter uma boa idéia do caos que se instaurou em Gotham City após o exílio auto imposto pelo homem morcego no final do segundo filme.

Nele vemos o agente Gordon com a saúde bastante debilitada numa maca de hospoital implorando o retorno do herói à ativa.


Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge será lançado em julho de 2012 e traz novamente Cristopher Nolan na direção e Christian Bale vivendo o herói.

Thor



Nota: 6


Eu nunca li qualquer quadrinho sobre o herói Thor, na verdade o único contato que tive com o deus foi em livros sobre mitologia nórdica. Digo isso, porque talvez fique um pouco travado para escrever sobre o filme, sem saber exatamente o que de fato tinha a ver com os quadrinhos e o que foi inventado.

E também sempre quando eu assisto uma adaptação e comento com alguém minha opinião, me deparo com a mesma conversa: "É que você não leu o livro (quadrinho no caso), porque o livro é bem melhor." Acho esse um dos argumentos mais sem fundamento para defender uma idéia. Primeiro porque independente da qualidade de um livro, um filme tem que valer por si só e não depender de outros meios pra se fazer entender. Segundo porque no mínimo a essência da história é preservada, e se até nisso um filme é ruim, é porque talvez o problema se extenda ao livro (caso de toda a saga Crepúsculo).

Mas voltando ao assunto...Em Thor, o deus do trovão que habita o mundo de Aasgard está prestes a assumir o reino do pai, Odin, quando numa artimanha de seu irmão Loki, desobedece uma ordem real e como castigo é banido para a Terra, deixando o caminho livre para o irmão assumir o poder.

O problema de Thor não é o filme como um todo, mas sim alguns elementos que o tornam entediante e sobre alguns aspectos beirando ao ridículo.

A começar pelo seu design de produção que cria uma Aasgard que até dói a vista de tão dourada, onde só faltam os habitantes serem feitos de ouro. Soa irreal até mesmo para um mundo de fantasia, sua concepção é brega e de um mal gosto sem par.

Outra coisa que deixa muito a desejar (e com a tecnologia de hoje é um erro grave) são seus efeitos especiais totalmente amadores. E isso é facilmente notado logo de início na cena em que Thor e seus amigos fogem de uma fera num mundo de gelo ou quando já na terra enfrentam o monstro Destruidor, que diga-se de passagem é idêntico ao robô de O Dia Em que a Terra Parou.

E há o desapontamento de haver apenas duas cenas de ação num longa que devia sua existência basicamente a isso. Ainda assim, nas duas a sensação do combate nos é tirada com enquadramentos bastante fechados e cortes constantes.



Mas nem tudo é tristeza. As atuações de um modo geral foram boas, e surpreendeu muito o protagonista na concepção de Thor que embora valente e até um pouco arrogante, não deixa de mostrar um bom coração. E claro, Natalie Portman que está sempre bem, embora seja difícil ela superar sua atuação em Cisne Negro. E gostei muito de Anthony Hopkins que criou um Odin bem ao perfil do rei sábio, porém com uma simplicidade e rapidez de raciocínio que pouco se vê nesse tipo de personagem, a ver pela cena onde o castelo é invadido e num desejo de retaliação de Thor, ele com poucas palavras (poucas mesmo) resolve toda a questão.

Independente de ter ou não sido igual aos quadrinhos, Thor acaba cumprindo sua função como um bom filme de entretenimento e nada mais do que isso. E como foram deixadas pontas para continuações, é aguardar para ver se o que vem pela frente corrigirá as falhas deste primeiro.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Capitão América - O Primeiro Vingador



NOTA: 4

Eis que finalmente chega às telas o último filme baseado nos quadrinhos da Marvel (que dentre outros teve Homem de Ferro, Hulk e Thor) antes que o audacioso projeto Os Vingadores – que pretende reunir todos eles num único filme – se concretize em 2012. Porém, embora com toda essa audácia reforçada com um ótimo planejamento de marketing é muito difícil imaginar sua grandiosidade, tendo em vista que de todos esses filmes introdutórios, apenas O Homem de Ferro possa ser considerado bom, muito mais em virtude de seu protagonista Tony Stark (vivido brilhantemente por Robert Downey Jr) do que por qualquer outro aspecto técnico. E Capitão América, o último episódio dessa extensa introdução veio pra reforçar ainda mais essa dúvida. Saí da sala achando de todos os projetos da Marvel no cinema aquele era sem dúvida o pior. Mas daí me lembraram que fizeram Hulk 1 e 2.

Num EUA em plena 2ª Guerra Mundial, Steve Rogers (Chris Evans) é um americano magricela e fraco, mas que mesmo assim não se deixa intimidar pela sua fragilidade e não corre de nenhum perigo. Rejeitado diversas vezes pelo alistamento do exército americano, ele finalmente chama a atenção do cientista militar Dr. Erskine (Stanley Tucci) que o convida para participar de um experimento que potencializaria todas as células de seu corpo, em especial as musculares, através da injeção de um composto químico (alguma relação com anabolizantes?!). Agora o fortão Steve, ou melhor, Capitão América, precisa deter o Caveira Vermelha (Hugo Weaving), um general nazista que pretende dominar o mundo e que sofreu a mesma experiência que seu algoz, embora no seu caso ela não tenha sido tão bem sucedida.

Com um dos piores roteiros que já vi, assinado pela dupla Stephen McFeely e Cristopher Marcus, a história é carregada de elementos dramáticos fraquíssimos, com diálogos ruins, uma frieza nas emoções e a tentativa frustrada de formar um par romântico. Quando Dr. Erskine pergunta a Steve se este estava pronto pra matar nazistas, ele simplesmente responde: “Não quero machucar ninguém.” E se alista mesmo assim. Ora, pra que a insistência em se alistar no exército então? E quando o mundo está prestes a acabar e você só tem uma chance de salvá-lo, o que faz? Bom, o Capitão América preferiu fazer uma pausa para dar um beijo em Peggy, “tudo a ver”. Além disso, há a cena dele fazendo um show patético e constrangedor para arrecadar fundos, feita apenas para render alguns minutos a mais de filme sem acrescentar nada no seu desenvolvimento.

A direção de Joe Johson também é ineficaz, com uma edição que tira quase toda a ação, com sucessivos cortes rápidos e um enquadramento fechado que dificultava a visão dos personagens. Há também questões que ficam sem conclusão. No início, Caveira Vermelha parecia bastante preocupado em saber que havia alguém como ele, daí a determinação em querer eliminá-lo. Mas parece que ele simplesmente abandona o projeto, sem nenhum motivo aparente. Talvez porque ele não tenha notado nenhuma ameaça no herói, uma vez que esse dependia de um exército enorme pra agir.

Mas nem tudo são espinhos! Os efeitos especiais são ótimos, em especial aquele em que coloca Chris Evans num corpo franzino, a mesma tecnologia utilizada em O Curioso Caso de Benjamin Button com Brad Pitt. Os figurinos também estão impecáveis, em especial do Capitão América. Por fim, temos a oportunidade de ver todas as histórias dos filmes anteriores irem se ligando e ficando mais coerentes. Por exemplo, aquela célula de energia que Tony Stark utiliza no peito na verdade vem do planeta de Thor e foi capturada pelo pai dele, Howard Stark, que tem uma importante participação nas proezas do Capitão América.

O saldo positivo de Capitão América é justamente esse fato de amarrar todos os outros filmes no mesmo contexto, já deixando o espectador preparado para Os Vingadores, abrindo mão da necessidade de explicações cansativas e chatas. Agora é esperar até ano que vem pra ver o resultado dessa empreitada e ser otimista. Pois vamos precisar.

IMPORTANTE: Fiquem nos cinemas até o fim dos créditos. Tem um vídeo surpresa interessante.


CONFIRA O TRAILER