quinta-feira, 27 de junho de 2013

Universidade Monstros

NOTA: 10

SINOPSE: Em Universidade Monstros conhecemos o passado daqueles que formaram a melhor dupla de assustadores da Mundo S.A., os inseparáveis Wazowski e Sullivan. Mas diferente do que se esperava, os dois se detestavam na juventude. Certo dia numa briga, o jovem nerd Wazowski e o arrogante Sullivan são expulsos da faculdade de susto e tem como única oportunidade de retorno vencerem um concurso de melhor assustador, o Jogo do Susto. Para isso, a dupla é obrigada a se unir com uma equipe de monstros um tanto desastrados para juntos ganharem o torneio.

Essa com certeza é a crítica que me dá mais satisfação em escrever neste ano. Isso porque depois de assistir os últimos dois filmes patéticos da Pixar (Carros 2 e Valente) e passar a duvidar da sua antes inabalável habilidade em contar histórias, vi o estúdio retomar a mão e trazer às telas mais uma obra-prima para sua coleção de sucessos. Um feito ainda maior se levar em conta que Universidade Monstros é um prólogo de um filme já bastante conhecido do estúdio, Monstros S.A., o que supostamente comprometeria boa parte do seu roteiro. Mas isso tudo é bobagem! Embora com um desfecho já esperado, Universidade Monstros surpreende e muito no modo como junta as pontas dos dois filmes, com tramas e subtramas muito ricas e criativas num trabalho de mestre do trio de roteiristas Dan Scanlon, Daniel Gerson e Robert L. Baird.

A começar pela dupla de protagonistas Wazowski e Sullivan. Se imaginávamos que eles sempre foram amigos desde que se conheceram, nos surpreendemos em ver que na verdade eram rivais ferrenhos, só juntando suas forças (e construindo um forte laço de amizade) diante de uma punição que se aplicava a ambos, sua expulsão. Indo mais além na surpresa, quando somos apresentados ao colega de quarto de Wazowski, descobrimos que seu grande amigo na verdade é aquele que se tornaria seu maior rival no futuro, Randy. E falando em Randy, me agradou muito o motivo dado para um cara carismático como ele é nessa hsotória se tornar num ser de extrema maldade, num acontecimento tão insignificante que fica claro o porque Sullivan e Wazowski nutrem certa indiferença ao personagem no futuro, desconhecendo sua vilania.

E o melhor pra mim é a forma convincente e reconfortante dada ao espectador sobre o destino de Wazowski. Durante toda a narrativa me chateava ver que aquele jovem ciclope verde, louco para ser um assustador jamais alcançaria seu sonho. Mas a maneira como ele descobre suas outras habilidades (numa cena que não vou descrever aqui), muito melhores do que a de um assustador, e decide se dedicar a elas mostra um roteiro o tempo todo preocupado com a questão, mas mais ainda em respeitar seu público garantindo um desfecho brilhante a trama.


E para aqueles que imaginam que a dupla sairia da faculdade já como assustadores de sucesso, terá uma surpresa pelo modo como ambos alcançaram a fama, tendo que começar do zero.

E algo que já até virando um cliché nas minhas críticas da Pixar de tanto que repito é a qualidade fora do comum de sua direção de arte aproximando suas animações cada vez mais do mundo real, tamanha perfeição.

Pra quem já assistiu Monstros S.A. e já imagina tudo o que vai acontecer em Universidade Monstros, sugiro que vá ao cinema o quanto antes, pois será surpreendido pelo alto nível de seu roteiro e a eterna habilidade da Pixar em encantar plateias combinando sua arte única em contar histórias com o melhor da computação gráfica. Vamos esquecer que Carros 2 e Valente existiram e voltar a admirar nas telas os louros de um estúdio que sou eterno fã. Como é bom poder dizer isso de novo!


Obs: Como de praxe, antes do longa temos um curta animado do estúdio: O Guarda-Chuva Azul. Um curta muito bom, mas com um roteiro semelhante ao de Paperman, curta da Disney vencedor do Oscar, exibido junto com Detona Ralph.




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