sexta-feira, 5 de julho de 2013

Guerra Mundial Z



NOTA: 10

Adoro filmes de zumbis! E talvez o que mais me motive é ver um subgênero que tem tudo para ser repetitivo, vir constantemente se renovando. Das criaturas lentas de Dario Argento aos alucinados de Danny Boyle, não demora muito para o estilo se reinventar. E é o que acontece com maestria em Guerra Mundial Z, dirigido por Marc Foster, que combina drama, ação e suspense num mundo tomado por zumbis.

Em Guerra Mundial Z, após o mundo ser tomado por uma infecção que transformou a maior parte de seus habitantes em zumbis, Gerry Lane, um ex-agente da ONU, é chamado de volta para escoltar um cientista na busca por uma cura. Quando este morre, cabe a Gerry viajar pelo mundo para descobrir ele mesmo uma maneira de por um fim a epidemia e salvar sua família.


Guerra Z (como vou chamar a partir de agora) é um daqueles filmes que não deixa desgrudar os olhos da tela. Já nos primeiros 10 minutos, somos atirados a uma cidade completamente tomada por zumbis, obrigando a pacata família Lane a entrar numa fuga tensa e alucinante para serem resgatados. E me impressionou muito como esses primeiros minutos movimentados já nos esclarecem de forma sutil muitos aspectos importantes da narrativa: os créditos iniciais que mostram a epidemia se manifestando a partir de eventos aparentemente isolados; a astúcia e agilidade do protagonista, Gerry, diante daqueles eventos, mostrando que ele é muito mais do que um mero pai de família e por fim, os zumbis mais originais que já vi no cinema, com um ímpeto assustador para atacar os humanos, se atirando de cabeça em veículos e até saltando de prédios.

O uso do CGI para concebê-las na maior parte da história garantem cenas memoráveis, em especial a pirâmide de zumbis em Israel e o modo como eles se atiravam lá do alto e já se levantavam prontos para o ataque. A tecnologia foi tão bem empregada no filme que em poucos momentos percebemos que são digitalizadas, bem diferente dos seres extremamente artificiais de Eu Sou a Lenda.

O roteiro de Guerra Z (adaptado do livro homônimo de Max Brooks) não deixa a narrativa esfriar nunca, fazendo com que sempre uma ação leve a outra. E quando a ações caminhava pra ficar excessiva, chegamos à cena do laboratório, onde a história se torna um suspense tenso e imprevisível. Além de um desfecho muito inteligente e que foge por completo do convencional.

E por fim, mesmo com tantas qualidades, Guerra Z não seria tão bom se não fosse a excelente atuação de Brad Pitt que faz uma boa mescla entre o carismático pai de família que para protege-la não pensa duas vezes em se sacrificar, no parapeito de um prédio, quando acreditava ter sido contaminado, com a do agente com uma hábil agilidade de raciocínio, rapidamente decifrando todo o cenário a sua volta, como a rapidez com que descobre o tempo em que os humanos mordidos levam pra se transformarem e a ligação dos fatos que o leva a encontrar uma solução para o problema zumbi.


Acertando em todos os quesitos, Guerra Mundial Z consegue ser um filme inteligente e empolgante do primeiro ao último minuto, com um roteiro bastante original, que foge por completo da pieguice de seres rastejantes e comedores de cérebro. Vale a pena conferir esse que já é um dos melhores filmes do ano.


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