sexta-feira, 3 de maio de 2013

Homem de Ferro 3



Nota: 9

Tenho ficado muito feliz com o modo como os alguns heróis vem sendo retratados ultimamente. Crente de que Homem de Ferro 3 seria ainda mais fantástico do que Os Vingadores e seus antecessores, fui felizmente surpreendido ao ver, pelo contrário, um Tony Stark muito mais humanizado e frágil. Assim, a Marvel segue a mesma trilha da DC no retrato do Batman em OCavaleiro das Trevas Ressurge e a James Bond, em Skyfall, fugindo dos roteiros implausíveis e de cenas totalmente dependentes de efeitos especiais, optando, ao invés disso, em explorar a complexidade e se aprofundar nos dramas de seus personagens. E não há cena que retrate melhor isso do que aquela em que Stark, após sofrer um sério ataque é obrigado a arrastar sua armadura pela neve, incapaz de utilizar seu equipamento com tecnologia de ponta.

Numa estória que acontece pouco tempo depois dos eventos de Os Vingadores, Homem de Ferro 3 retrata um Tony Stark com uma séria crise de identidade ao combater ao lado de espiões, um deus, um super soldado e um Hulk e conviver com o fato de que ele mesmo, de acordo com sua própria definição, não passava de um mecânico, sem nenhum verdadeiro super poder ou habilidade inata, senão a de fazer armaduras. Com sérias crises de ansiedade ocasionadas em função de sua experiência de viajar para outra dimensão em Os Vingadores, no que ele chama de O Buraco da Minhoca, Stark dedica todo seu tempo em construir mais e mais armaduras, criando um verdadeiro arsenal para suprir de alguma forma essa sua “carência”. Contudo, uma nova ameaça surge, o Mandarim, um terrorista que ameaça a América e põe o herói a prova em seu maior desafio.

Um dos pontos mais interessantes em O Homem de Ferro 3 é que seu novo diretor, Shane Black, consegue criar toda essa complexidade em torno da figura de Tony Stark e ainda assim consegue manter vários dos elementos que consagraram a trilogia bem evidentes; sendo o principal deles o humor sem sombra de dúvida. Seu uso é tão bem dosado e pontuado que serve até de impulso para uma importante revelação sobre o papel do Mandarim na história.




Outro ponto são as cenas de ação, as melhores de toda a trilogia. Bem articuladas, com excelentes efeitos especiais e claro, de tirar o fôlego. A destruição completa da casa de Stark em Malibu, é o melhor exemplo disso, com um bom destaque também para a cena da queda do Força Aérea Um e o consequente resgate dos passageiros por um Homem de Ferro agora controlado por controle remoto. Aliás essa foi uma novidade que gostei bastante: são poucos os momentos em que Stark veste sua armadura. Seja pela alta tecnologia que elas possuem ou pela fragilidade da situação, Homem de Ferro 3 é totalmente centrado na figura de Stark, o homem de carne e osso. Isso ocorre até mesmo no clímax do filme onde todas as suas armaduras entram em combate no piloto-automático, ficando seu criador a mercê dos ataques inimigos.

E não dá pra escrever sobre Homem de Ferro sem falar de seu protagonista. Robert Downey Jr está ainda mais afiado no papel, com sua versatilidade de sempre e tiradas clássicas. Com essa personalidade, não surpreende ver o exagero da sua coreografia para testar uma armadura. Ainda assim, chega a ser comovente ver sua fragilidade em suas crises de ansiedade e no seu temor de perder aquela que mais ama, Pepper (Gwyneth Paltrow). E mais uma vez ele é feliz em contracenar com atores de peso como Guy Pearce e Ben Kingsley, sendo o último digno de ao menos uma indicação ao Oscar pela excelente atuação nos dois momentos completamente distintos de seu personagem, o Mandarim.


Mas nem tudo são flores. Com uma estória tão rica, decepciona ver Aldrich Killian (Guy Pearce) ser primeiramente retratado como a caricatura do nerd que busca vingança por aqueles que o ignorou. E em nenhum momento se explica o que seria a reação de uma invenção citada no começo do filme que no futuro transformaria o vilão do longa e seus seguidores numa espécie de homens de lava. Além do mais, embora ache Rebecca Hall uma ótima atriz, sua personagem (Maya) é completamente descartável.

Enfim, algumas pequenas falhas não podem ofuscar o brilho da trilogia mais bem sucedida da Marvel e em seus últimos minutos já bate a saudade daquele sarcasmo tão característico de Stark (que voltará, de acordo com a última frase dos créditos). A ousadia da Marvel em fugir dos seus filmes tradicionalmente superficiais talvez tenha criado seu maior sucesso. Vamos ver o que os outros heróis dos Vingadores tem para nos oferecer e se, com todos os seus poderes, conseguem superar o carisma de seu mecânico.

Obs: como todo filme da Marvel, há uma cena extra nos créditos.

CONFIRA O TRAILER


Um comentário:

ektaeastmond disse...

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