domingo, 9 de janeiro de 2011

72 Horas


NOTA: 7


No filme, Russel Crowe é John Brennan, um pai de família extremamente dedicado à mulher e filho. Porém, sua vida vira de ponta cabeça quando sua esposa é presa por assassinato, num crime bastante controverso. Sozinho e acreditando piamente na inocência da mulher, John elabora um plano arriscado e perigoso pra resgatá-la.

Claro que contar com um excelente ator como Russel Crowe ajuda qualquer filme a fazer sucesso nas bilheterias. Contudo, há uma série de acontecimentos ao longo da trama que fazem com que ela pouco a pouco perca o prestígio que talvez alcançaria.

Seu início é esplêndido. Num jantar com amigos, Laura, mulher de John, conversa com raiva sobre a futura vítima da qual foi acusada de assassinar e, provocada pela amiga, tem uma reação agressiva instantânea, revelando muito de seu caráter e dando indício à possibilidade dela realmente ter cometido o crime. Porém, ao longo da trama essa questão fica um pouco confusa e mal explicada. Até porque, o crime em si não era importante, mas sim seu resgate.

Contudo, no desenrolar da trama tudo vai ficando previsível e inverossímil. Numa participação relâmpago de Liam Neeson, interpretando um ex-detento que fugiu sete vezes da cadeia, seu personagem instrui John como deve proceder para resgatar sua mulher e, adivinhem? Ele faz exatamente o que foi dito, ou seja, antes da metade do filme já sabemos seu final.

Inverossímil porque John deixava rastros a todo tempo de suas intenções e ainda assim não é pego, como a chave que ele quebra na fechadura do presídio ou a boca de fumo que ele explode. Sem contar que de um professor universitário que mal sabia segurar uma arma, ele instantaneamente se torna um profissional em fuga, algo impossível até de se imaginar.

Além disso, chegou um momento que eu realmente me perguntei se não confundi o título com o tempo de duração, pois parecia mesmo que teríamos 72 horas de filme de tão longo que se mostra, numa narrativa extensa que desnecessariamente se arrasta, especialmente no terceiro ato, repleto de reviravoltas que não acrescentam nada à história e não chegam a lugar algum.

Independente de ser cansativo por sua extensão, 72 Horas acaba sendo um interessante thriller que vai colar alguns na ponta da poltrona com cenas de tirar o fôlego. Lembra muito um filme excelente com Kevin Bacon, Sentença de Morte (2007), porém este último é muito melhor.

Nenhum comentário: