quinta-feira, 28 de março de 2013

Oz - Mágico e Poderoso




Nota: 6

SINOPSE: No Kansas do início do séc. XX, Oscar Zoroaster (OZ) é um mágico charlatão, egocêntrico e mulherengo que trabalha num decadente circo itinerante. Numa briga por causa de mais uma mulher enganada por ele, Oscar foge num balão. Contudo, ele é acometido por um tornado e vai parar no mundo mágico de OZ, onde existe uma profecia de que certo dia um mágico viria para libertar aquele mundo da Bruxa Malvada e herdaria todo aquele reino. Despertado pela cobiça de herdar todo um império e seu tesouro, Oscar vai à caçada da Bruxa, mas se vê no meio de um jogo de poder e traição entre ela e suas irmãs. Agora, Oscar fica dividido entre salvar aquele mundo ou simplesmente fugir com seu tesouro.

Oz – Mágico e Poderoso já enfrenta um grande problema logo na sua pré-produção. Por uma questão judicial, mesmo sendo o prólogo de O Mágico de Oz (1939), a produção de 2013 não podia fazer nenhuma referência àquela, o que tira boa parte da graça do filme. Dessa forma, os sapatos de rubi de Dorothy são ignorados por completo, os Munchkins são reduzidos a um descartável número musical e a famosa estrada de tijolos amarelos é completamente ofuscada pela cenografia recheada de cores bastante saturadas, lembrando muito os cenários de Alice no País das Maravilhas.


Ainda assim, a direção de Sam Raimi (Homem Aranha 1, 2 e 3) consegue fazer algumas ligações com o Mágico de Oz. A começar pelo mesmo truque de fotografia utilizada naquele filme, mostrando o mundo real em preto e branco e Oz colorida (e muito colorida). Além disso, enquanto estamos no Kansas, a tela é quadrada mostrando um mundo que “espremia” a grandiosidade pretendida por Oscar. Já em Oz, a tela se torna widescreen mostrando a amplitude de possibilidades daquele mundo.

Mas nada deixa tanto a desejar quanto às atuações. James Franco (127 Horas) é perfeito enquanto Oscar é meramente um charlatão e mulherengo. Mas quando o personagem ganha algum peso dramático, Franco vai decepcionando e ficando cada vez mais artificial. Isso só não é pior do que a atuação de Michelle Williams (Ilha do Medo) e seu eterno olhar blasé.

Os efeitos especiais são outro ponto fraco. Basta ver a relação de todos os personagens reais com os concebidos digitalmente, em especial o macaco Finley e a boneca de cerâmica. É comum ver Oscar por exemplo não encará-los diretamente, e numa cena em especial quando ele segura a boneca no colo, o amadorismo é gritante.

Mas por fim, mesmo com as restrições e os problemas citados, Sam Raimi ainda se sai feliz conseguindo ligar a história do seu filme com a aventura que Dorothy e seus amigos, Espantalho, Homem de Lata e Leão viverão 20 anos depois. Além disso, ele transmite uma interessante mensagem sobre as consequências funestas de atos impensados. Afinal, a Bruxa Malvada do Oeste só se transformou nisso após ser mais uma mulher seduzida e enganada por Oscar.

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