quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MIssão Impossível 4: Protocolo Fantasma



NOTA: 9

SINOPSE: Infiltrados no Kremlin em Moscou, Ethan e sua equipe tem a missão de conseguir um arquivo com códigos que podem ativar mísseis atômicos. Porém, sua missão fracassa quando os códigos são roubados e o prédio sofre um atentado a bomba de proporções colossais. Os russos acreditam que o atentado foi cometido pelos americanos e um clima de forte tensão se instala nas relações dos dois países. Pressionada, a Casa Branca declara o Protocolo Fantasma que desativa a IMF (Força Missão Impossível) e todos os seus agentes. Agora na clandestinidade e quase sem suporte, Ethan tem que encontrar quem cometeu o atentado e recuperar os códigos roubado, antes que uma guerra nuclear exploda no mundo.

Filme de ação sem marmelada não é filme de ação. Mas é incrível como toda a série Missão Impossível conseguiu conferir alguma verossimilhança nesse gênero tornando justificáveis e aceitáveis as mais impossíveis sequencias como a cena final do metrô no primeiro filme, a perseguição de motos no segundo e por aí vai. Protocolo Fantasma não é diferente, a cena da escalada do prédio de Ethan, frustrada por uma falha de equipamento é impressionante, sobretudo pelo acidente que o personagem sofre na sua descida. E vale lembrar que mais uma vez Tom Cruise não utilizou dublê em nenhuma cena.

E a ação da série se torna um feito ainda maior se levar em conta que os quatro filmes seguem exatamente o mesmo enredo: um agente de elite que desobedece seu governo para frear os planos de algum vilão que pretende destruir o mundo.



Outra característica marcante de Missão Impossível é contar com um elenco de ponta que consegue dar fluxo e conteúdo ao filme, não sobrecarregando o protagonista. Dessa vez, o destaque fica por conta de Simon Pegg (Todo Mundo Quase Morto), um excelente humorista vivendo um agente trapalhão que tira boas risadas do público. Outro destaque - que pra mim é um dos melhores atores da nova geração - é Jeremy Reener, que interpreta um agente de ponta da IMF, rebaixado após um erro numa missão que envolvia diretamente a vida pessoal de Ethan. Porém, se por um lado o terceiro longa contava com o seu melhor vilão, vivido por Philip Seymor Hoffman, dessa vez o desempenho do novo antagonista é tímido e quase imperceptível, o que supreende se levar em conta que ele é interpretado por Michael Nyqvist (o mesmo que viveu Mikael na versão sueca de Os Homens que Não Amavam as Mulheres), que embora vivia um personagem de peso - o primeiro-ministro russo - tem pouco espaço na narrativa e contracena apenas uma vez com Ethan, num clímax bem fraco perto do que já aconteceu nos três filmes anteriores.

E mesmo com um roteiro razoável, sem muitas surpresas e não muito preocupado com o enredo, Protocolo Fantasma cumpre bem seu papel de proporcionar entretenimento de tirar o fôlego, reforçado por um excelente elenco. Missão Impossível não inova na história, mas revoluciona suas sequencias de ação, o que faz a série funcionar não importam quantas continuações sejam produzidas.

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