quinta-feira, 21 de julho de 2011

Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 2


NOTA: 8


Em 2001 eu era apenas um colegial que jamais pensava em um dia se dedicar ao cinema. Na época haviam duas sagas que eram sensação e que também geravam rivalidades: Harry Potter e Senhor dos Anéis. Assim como no futebol, os adeptos de uma defendiam sua superioridade e se empenhavam em denegrir sua concorrente. Eu era fã de Senhor dos Anéis e era uma dessas pessoas. Tanto que fui ao cinema assistir ao primeiro Harry Potter com total desinteresse, apenas buscando um entretenimento barato. Me surpreendi no primeiro filme, mas meu orgulho me dizia – com razão - que O Senhor dos Anéis seria melhor. No ano seguinte, nova surpresa e assim também foi em 2003.




O problema é que a partir de 2004 não tinha mais Senhor dos Anéis e não havia nada para me ancorar. Resultado? Assim como milhões de pessoas no mundo, me rendi às graças das aventuras do jovem bruxo e seus amigos em Hogwarts.

E o motivo dessa introdução é mostrar como 10 anos e 7 filmes depois essa saga esteve tão presente e cresceu junto com tantas pessoas, e realizou um feito que acredito que não será mais visto: em todo esse tempo, com todos esses filmes manterem um alto padrão de qualidade e uma total entrega e devoção de sua equipe, principalmente de seu elenco que só teve uma mudança em função da morte de um dos atores. Evidente que nem todos os episódios foram perfeitos, mas é impossível dizer que algum deles foi ruim.

HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE – PARTE 2 tem início exatamente no ponto em que sua primeira parte encerrou, ou seja, quando Voldemort rouba a varinha mágica do túmulo de Dumbledore, acertado em não inserir introduções desnecessárias. Agora, todas as pontas que ficaram soltas ao longo de 10 anos finalmente são amarradas: segredos são revelados e o destino de Harry e seu algoz Voldemort finalmente tem seu desfecho.



Porém, essa segunda parte serviu para deixar claro o quanto foi desnecessária e até prejudicial quebrar As Relíquias da Morte em duas partes. Enquanto na primeira (leia a crítica aqui) havia uma boa dosagem de ritmo no desenrolar da história, não sendo excessivamente eufórica ou monótona, a segunda parte é extremamente corrida pra que tudo seja esclarecido em duas horas. Era perfeitamente plausível fazer um único filme mais longo e manter uma uniformidade.

E essa mudança não se limita apenas ao ritmo. As atuações se tornam mais frias e os coadjuvantes acabam por chamar mais a atenção que seus protagonistas, em especial Severo Snape (Alan Rickman) que na trama revela o porquê de todas as ambigüidades de suas ações e encerra sua participação se mostrando o personagem mais intrigante e interessante de toda a saga. E o trio principal, Harry (Daniel Redclif), Hermione (Emma Stone) e Ron (Rupert Grint) que inquestionavelmente evoluíram muito em suas atuações ao longo dos anos, ficam muito aquém do filme antecessor, onde foram brilhantes.

E mesmo com o tão esperado confronto Harry x Voldemort ser decepcionante em função de sua brevidade, o filme no geral é bom. O diretor David Yattes conseguiu trazer pra realidade um universo tão fantasioso como o da magia, algo que parecia impossível. Não tem como distinguir a guerra final entre os alunos de Hogwarts e os seguidores de Voldemort de qualquer outro confronto do mundo real que se vê nos cinemas, e é igualmente acertada a carga de dor e de perda que ele impõe, deixando mais do que claro que aquele mundo evoluiu e não é mais aquela surpresa e fantasia de A Pedra Filosofal, evolução essa que Yattes também evidencia na fotografia que no último episódio é praticamente inteira em tons de cinza, mostrando a opressão e tristeza em que Hogwarts mergulhou em comparação àquela sobrecarregada de cores distintas e vivas do primeiro episódio em que a escola de magia vivia um momento de alegria e prosperidade.

Mas, independente de um tropeço ou outro e no erro em dividir em dois o filme, Harry Potter e as Relíquias da Morte 2 encerra a saga mantendo a excelente qualidade de seus filmes mostrando o que sucesso não depende só de bilheteria mas sim da busca da perfeição e respeito ao público, além de deixar ótimas contribuições ao cinema, em especial nos efeitos especiais e técnicas de roteiro. Porém, ACABOU! O jeito agora é ver e rever os DVD’s e aproveitar a parte 2 no cinema dessa saga que assim como Senhor dos Anéis, virou referência e vai deixar saudades. Toma essa e aprende saga CREPÚSCULO!

 
 
Confira os trailers (legendados)


terça-feira, 12 de julho de 2011

Zumbilândia



NOTA: 9

Eu sempre detono nas minhas críticas filmes que parecem apenas seguir fórmulas e pouco se preocupar em trazer algo novo, como é o caso recente de Invasão do Mundo: A Batalha de Los Angeles, que nada mais é do que uma versão idêntica de Independence Day ou Guerra dos Mundos. Mas há um sub gênero em especial em que me dou o direito de abrir uma exceção: filmes de zumbis.

Eu gosto de todos eles, pois por mais que possam haver muitas semelhanças em seus argumentos - basicamente a humanidade se torna zumbi após a contaminação por algum agente tóxico ou epidemia - todos carregam consigo alguma crítica social em seus monstros. Desde nossa completa alienação representada na série Mortos Vivos à nossa total selvageria potencializada em Extermínio 1 e 2.

Mas Zumbilândia parece carregar alguns diferenciais sobre todos os seus antecessores. Primeiramente, transformar um tipo de filme geralmente classificado como terror numa ótima mistura entre comédia e aventura. Não, não há o que temer, você não vai perder o sono após assistir Zumbilândia. O segundo fator é a ausência de foco no problema "zumbi" e um direcionamento do roteiro para a história do convívio e laços desenvolvidos pelos seus 4 sobreviventes. Tanto que a razão da epidemia é rapidamente contada para que se dê sequencia e foco à história dos quatro. E por fim, uma mega produção pra um subgênero que costuma contar com orçamentos modestos, o que permitiu um excelente trabalho de produção, efeitos especiais e a contratação de ótimos atores.

Sem mais delongas, em Zumbilândia, a Terra foi completamente tomada por zumbis após uma epidemia proveniente de um hambúrguer. Columbus (Jesse Eisenberg) é um dos únicos sobreviventes, é só conseguiu o feito por já na sua rotina anterior ao desastre viver numa completa reclusão social, além de ser tão medroso que desenvolveu um manual de regras que evitavam que ele fosse morto. Em sua jornada pra chegar a sua cidade natal ele descobre outro sobrevivente, Tallahassee (Woody Harrison), o típico cowboy durão que descobriu em matar zumbis seu maior talento. Juntos, eles seguem viagem para o leste até encontrarem no caminho as belíssimas irmãs Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abygail Breslin) que após um relacionamento inicial bastante conturbado, constroem uma amizade muito grande com a dupla e o então formado quarteto tenta sobreviver num mundo onde eles, pelas circunstâncias, se tornaram os invasores.

Filme de estréia de Ruben Fleischer, o diretor já se mostra ótimo logo nos créditos iniciais, que mostram a propagação da epidemia em slow motion e numa inteligente interação entre as pessoas e as legendas do staff. Além disso, o recurso que utiliza em colocar na tela as legendas das regras de Columbus sempre que elas são praticadas, consegue além de entreter, ajudar o espectador a se afastar daquele universo desolador e firmar a história contada como apenas uma ficção. E ele enfatiza esse distanciamento aplicando elementos ainda mais cômicos ao longa como o prêmio para A Morte de Zumbi da Semana.

Porém, peca em apresentar alguns flashbacks desnecessários, em especial aos referentes a Tallahassee e as duas irmãs. No mais, é muito eficaz na dosagem entre humor e ação e ainda mais feliz quando combina as duas coisas. Em duas cenas essa mistura é impecável: naquela onde Tallahassee entra com um banjo num mercado chamando os zumbis pra briga e no terceiro ato, onde o mesmo personagem extermina dezena de monstros enquanto se diverte num parque de diversões.

Aliás, esse personagem é o principal elemento cômico de Zumbilândia. "Minha mãe sempre disse que eu seria bom em alguma coisa. Mas nunca imaginei que seria matando zumbis." diz ele e faz a frase valer, especialmente no sadismo e na criatividade que encontra pra eliminar os seres. E é curioso ver uma típica caricatura do personagem valentão ter uma fraqueza no mínimo curiosa: seu desesperado anseio por conseguir um Twinkee (bolinho recheado com creme) antes que sua validade expire. Parece ser essa sua única motivação em permanecer vivo naquele mundo.

E Columbus (Jesse Eisenberg) é engraçado só pela sua própria composição, sempre medroso e excessivamente cauteloso, sendo piada até mesmo depois do mundo ter acabado. É impossível não achar graça do seu cuidado ao dobrar um papel higiênico antes do uso, ou o seu desejo ardente em passar o cabelo de uma mulher para trás de sua orelha, que é o mais perto do sexo que ele já chegou. E há uma ironia do destino em uma das falas de Eisenberg, onde ele elogia o fim do mundo por não ter mais que ver posts chatos no Facebook, mal sabendo que um ano depois protagonizaria exatamente o criador do site em A Rede Social.

Embora não tão brilhantes, Emma Stone e Abygail Breslin vivem duas irmãs golpistas interessantes, especialmente na facilidade com que conseguem passar sempre pra trás Columbus e Tallahassee. E não tem como deixar de falar da pequena ponta de Bill Murray (interpretando a si mesmo) e seu desfecho tragicômico. Embora desnecessária para o andamento da história, não dá pra negar que são alguns minutos em que o riso é garantido.

Seja pelo roteiro que foge um pouco do trivial, seja pela direção competente de Ruben Flescher que consegue transformar terror em comédia ou pela perfeita química entre os atores, Zumbilândia é um daqueles filmes que não vão acrescentar muita coisa na vida de ninguém, mas com certeza vai arrancar boas risadas de quem assisti, o que é seu principal propósito.


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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua



NOTA: 4

Sem qualquer sombra de dúvida a franquia Transformers é um verdadeiro fenômeno. Prova disso é que o Transformers 3 teve nesse último final de semana a terceira maior arrecadação da história numa estréia (US$ 372 milhões). Difícil é entender como uma trilogia tão ruim que piora um pouco mais a cada lançamento consiga alcançar tamanho sucesso. E essa cifra do final de semana surpreende pela falta de um mínimo de senso crítico do público, pois Transformers é isento de conteúdo, sendo um daqueles filmes que você desliga o cérebro pra assistir.


Em Transformers 3: O Lado Escuro da Lua, os Autobots, liderados por Optimus Prime, descobrem que os humanos lhes esconderam algo ocorrido no lado oculto da Lua a décadas. Trata-se da queda de uma espaçonave vinda de Cyberton, comandada por Sentinel Prime, que desencadeou a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética na década de 60. Os Autobots resolvem ir à Lua para resgatar o antigo líder, além das cápsulas que ainda estão no local e que quando acionadas podem teletransportar qualquer coisa de qualquer lugar. Paralelamente, Sam (Shia LaBeouf) vive com sua nova namorada, Carly (Rosie Huntington-Whiteley), e está à procura de emprego. Ele sente-se diminuído, já que salvou o planeta duas vezes, mas nada disto parece ajudá-lo a se estabelecer no mercado de trabalho. Pouco depois de enfim conseguir um trabalho, ele descobre uma série de assassinatos de antigos membros da NASA cometidos pelos Decepticons e se vê novamente inserido na missão de salvar o mundo junto aos Autobots antes que seus inimigos consigam reunir todas as cápsulas e assim destruir a Terra.




Mais uma vez dirigido por Michael Bay (Armagedoon, A Rocha), o diretor novamente busca esconder sua incompetência e falta de talento se ancorando em aspectos como uma edição rápida que dificulta a construção da linearidade nas cenas e um exagero no uso de efeitos especiais. Além disso, ele deixa ao longo do filme pontas soltas das quais não há a menor preocupação em resolvê-las de modo plausível, em especial em relação aos robôs de ambos os lados, onde personagens antigos são removidos e novos são inseridos sem nem sabermos quando ou porquê.

O roteiro é assinado por Erhren Kruger (A Chave Mestra, Irmãos Grimm) e traz uma história pobre e confusa que cai em contradição e sub-tramas completamente desnecessárias. Se os Decepticons sempre souberam da existência das cápsulas e da nave perdida na Lua, por que não recorreram a este recurso antes ao invés de esperar serem derrotados duas vezes? E qual o propósito dos Autobots simularem sua partida para retornarem assim que os Decepticons tomassem tudo? Ainda nessa cena Optimus diz “Os humanos precisavam descobrir que os Decepticons não manteriam sua palavra para retornarmos.” Ah ok, então enquanto ninguém se dá conta disso, eles vão deixando os inimigos dominarem tudo?! É isso o que heróis fazem? E ainda por cima os personagens simplesmente desaparecem sem nenhum motivo. Onde estava Optimus quando Sentinel Prime se revela um traidor?

Um diretor ruim, somado a um roteirista ruim só podiam resultar num filme ruim. Mas sobre um aspecto Transformers 3 é muito melhor que seus antecessores e muitos outros filmes de heróis, pois finalmente alguém teve a idéia de reproduzir a violência num tipo de filme como esse de modo plausível e não como naqueles onde um inimigo devasta um planeta e parece que ninguém se fere, num tipo de “violência bem comportada” pra não assustar o público. Agora, finalmente os humanos viram vítimas dos Decepticons que os matam a sangue frio. Os próprios Autobots se tornaram mais agressivos e sedentos de sangue (ou melhor, óleo diesel) e a luta final de Optimus contra Megatron e prova evidente disso.

E embora tenha se tornado uma versão piorada de Peter Parker, Shia LeBouf continua mostrando competência em seu papel de protagonista, mas é Francis McDormand (que interpreta uma agente do governo) quem se destaca, mesmo sendo totalmente secundária para a trama. E há a completa decepção de ver um excelente ator como John Malkovich mal aproveitado, com um personagem (o chefe de Sam) completamente ridículo e desprezível. E Rosie Huntington-Whiteley vem com sua Carly apenas para embelezar as telas e nada mais do que isso.




De forma geral Transformers 3 agrada por finalmente trazer cenas reais de ação, mas continua decepcionando por parecer simplesmente duvidar da inteligência de seu espectador que se avaliar pelo estouro em bilheterias não chega a ser uma dúvida tão latente assim, o que é uma pena, pois é isso que impulsiona os estúdios a fazerem filmes ruins e profissionais incompetentes como Michael Bay garantirem os seus milhões com esse tipo de projeto.

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Carros 2



NOTA: 3


Quando ainda estava na metade de Carros 2 me perguntei: Por que hoje em dia parece ser obrigatório um bom filme ganhar uma seqüência? Por que não se contentar a um único filme bom a correr o risco de destrui-lo com uma continuação? Mas que ingenuidade a minha, a resposta é óbvia: dinheiro. Afinal, por melhor ou pior que seja, uma seqüência proporciona a chance de angariar mais fundos com bilheteria, venda de produtos e posteriormente DVD’s e afins. E esse motivo fez com que até mesmo o estúdio que fazia simplesmente os desenhos perfeitos sobre todos os aspectos – a Pixar – caísse em desgraça. Carros 2, diferente de seu antecessor, é chato, cansativo, óbvio e completamente sem foco.

Em Carros 2, um carro bilionário inventa um combustível a base de recursos naturais, o Allinol, e cria um torneio mundial afim de testá-lo. Relâmpago McQueen, Matte e seus companheiros decidem participar, mas uma quadrilha de criminosos liderados por um misterioso líder trabalha para sabotar o torneio e a eficácia desse novo combustível. Um agente secreto britânico e sua assistente estão na cola dos bandidos e confundem Matte, o velho guincho, com um agente disfarçado e o colocam na missão. Agora cabe a Matte salvar o torneio para ajudar seu amigo McQueen e desmembrar a quadrilha que tenta sabotá-lo.

Matte pra quem não lembra, é aquele guincho todo enferrujado com um forte sotaque caipira que garantia a maior parte do riso no primeiro Carros. Antes apenas um personagem secundário, nesse ele é transformado em protagonista, e esse é um dos grandes problemas do filme. Problema porque surge a obrigatoriedade de elaborar muito mais piadas e gags para o personagem que se mostram pouco criativas e perdem a graça rápido. Reparem que num espaço de 10 minutos - entre o momento em que deixa o óleo vazar num evento até quando ele encontra num banheiro o agente secreto americano – que o mesmo recurso é explorado pelo roteiro 3 vezes, onde a piada vem logo em seguida de uma dica dada por Matte. E chega um momento que a criatividade dos roteiristas expira e o único recurso que é explorado é seu sotaque, removendo toda sua graça pelo excesso. 

E esse não é o único problema: o filme simplesmente não tem foco. Conta com uma violência exacerbada - em especial na cena que um carro americano torturado e “morto” – e uma história complexa demais pra ser classificado como filme infantil, principalmente na cena em que Matte descobre num estalo quem é o misterioso chefe dos carros bandidos - outra falha de um roteiro pobre que precisa de uma epifania pra resolver sua incapacidade em ser coeso do início ao fim - além das razões que o levou a sabotar o combustível da competição. Também não dá pra dizer que é um filme adulto porque conta com uma série de tramas artificiais como a discussão ridícula e ginasial de McQueen e Matte que culmina na separação da dupla. Resumindo: Carros 2 tenta se aproximar de todos os públicos, mas consegue o oposto, não se aproximando de nenhum.

Mas nem tudo são espinhos. A Pixar continua impecável na composição artística de seus filmes. As locações elaboradas são idênticas as do mundo real. Duas que mais me chamaram a atenção foram a Itália, onde até o telhado das casas foi desenvolvido para conter o máximo de detalhamento e a cidade de Tókio que é engolida pela quantidade absurda de luzes de neon de placas publicitárias. Além disso, conseguir dar vida e, sobretudo, personalidades diferentes a objetos totalmente inanimados como carros é uma proeza digna de aplauso, possível de ser desenvolvido apenas pelo alto nível de exigência do estúdio em relação aos seus profissionais.

Contudo, a parte artística é praticamente o único trunfo do longa que decepciona muito em sua história e divertimento. Triste ver um estúdio tão perfeito como a Pixar, que à exceção de Toy Story, se negava a fazer seqüências se render ao elemento comercial e esquecer daquele que a tornou mágica e excepcional: o entretenimento inteligente e bem feito. C’est la vie.

 
  
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