Nota: 6
SINOPSE: No Kansas do início do séc. XX, Oscar Zoroaster (OZ) é um mágico charlatão, egocêntrico e mulherengo que trabalha num
decadente circo itinerante. Numa briga por causa de mais uma mulher enganada
por ele, Oscar foge num balão. Contudo, ele é acometido por um tornado e vai
parar no mundo mágico de OZ, onde existe uma profecia de que certo dia um
mágico viria para libertar aquele mundo da Bruxa Malvada e herdaria todo aquele
reino. Despertado pela cobiça de herdar todo um império e seu tesouro, Oscar
vai à caçada da Bruxa, mas se vê no meio de um jogo de poder e traição entre
ela e suas irmãs. Agora, Oscar fica dividido entre salvar aquele mundo ou
simplesmente fugir com seu tesouro.
Oz – Mágico e Poderoso já enfrenta um grande problema logo
na sua pré-produção. Por uma questão judicial, mesmo sendo o prólogo de O
Mágico de Oz (1939), a produção de 2013 não podia fazer nenhuma referência
àquela, o que tira boa parte da graça do filme. Dessa forma, os sapatos de rubi
de Dorothy são ignorados por completo, os Munchkins são reduzidos a um descartável
número musical e a famosa estrada de tijolos amarelos é completamente ofuscada
pela cenografia recheada de cores bastante saturadas, lembrando muito os
cenários de Alice no País das Maravilhas.
Ainda assim, a direção de Sam Raimi (Homem Aranha 1, 2 e 3) consegue fazer algumas
ligações com o Mágico de Oz. A começar pelo mesmo truque de fotografia
utilizada naquele filme, mostrando o mundo real em preto e branco e Oz colorida
(e muito colorida). Além disso, enquanto estamos no Kansas, a tela é quadrada
mostrando um mundo que “espremia” a grandiosidade pretendida por Oscar. Já em
Oz, a tela se torna widescreen mostrando a amplitude de possibilidades daquele
mundo.

Os efeitos especiais são outro ponto fraco. Basta ver a
relação de todos os personagens reais com os concebidos digitalmente, em
especial o macaco Finley e a boneca de cerâmica. É comum ver Oscar por exemplo
não encará-los diretamente, e numa cena em especial quando ele segura a boneca
no colo, o amadorismo é gritante.
Mas por fim, mesmo com as restrições e os problemas citados,
Sam Raimi ainda se sai feliz conseguindo ligar a história do seu filme com a
aventura que Dorothy e seus amigos, Espantalho, Homem de Lata e Leão viverão 20
anos depois. Além disso, ele transmite uma interessante mensagem sobre as
consequências funestas de atos impensados. Afinal, a Bruxa Malvada do Oeste só
se transformou nisso após ser mais uma mulher seduzida e enganada por Oscar.
VEJA O TRAILER
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